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Notícias / Hungria

Hungria propõe lei para banir Parada do Orgulho LGBTQ+

O partido governista da Hungria apresentou nesta segunda-feira, 17, um projeto de lei que proíbe a Parada do Orgulho LGBTQ+ no país

Redação Publicado em 17/03/2025, às 09h45

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Parada do Orgulho LGBTQ+ em Budapeste, na Hungria, em 2021 - Getty Images
Parada do Orgulho LGBTQ+ em Budapeste, na Hungria, em 2021 - Getty Images

O partido governista da Hungria apresentou nesta segunda-feira, 17, um projeto de lei que proíbe a Parada do Orgulho LGBTQ+ no país, impondo multas aos organizadores e participantes do evento realizado há três décadas em Budapeste.

Nas últimas semanas, o primeiro-ministro Viktor Orban tem intensificado críticas à comunidade LGBTQ+ e prometeu reprimir o financiamento estrangeiro de mídia independente, políticos da oposição e ONGs, em meio à campanha eleitoral para o pleito do próximo ano.

Líder nacionalista e no poder desde 2010, Orban enfrenta o crescimento de um novo partido de oposição e tem ampliado ataques à imprensa e às minorias, conforme informações da agência Reuters.

A proposta de seu partido, o Fidesz, argumenta que a Parada pode ser prejudicial às crianças e modifica a lei sobre o direito de reunião para proibir eventos que contrariem a legislação de proteção infantil. O texto também autoriza o uso de câmeras de reconhecimento facial para identificar participantes da marcha, que tradicionalmente ocorre na Avenida Andrassy, no centro de Budapeste.

'Direito constitucional'

Segundo a mídia local, Orban afirmou que os organizadores da Parada sequer deveriam planejar o evento este ano. Os responsáveis pelo festival, por sua vez, destacaram que a liberdade de reunião é um "direito constitucional" e que a marcha "não representa qualquer ameaça às crianças".

"A tarefa do governo não deve ser restringir ainda mais as liberdades básicas do povo húngaro, mas encontrar soluções reais", afirmaram em comunicado. O lema deste ano será "We are (home)" — "Nós somos (lar)", em tradução livre —, disseram os organizadores, acrescentando que houve "incontáveis" tentativas de proibir a marcha ao longo dos anos, todas sem sucesso, repercute a CNN Brasil.

"No final, o Orgulho é uma manifestação, seja com vinte ou com dezenas de milhares de pessoas, mas ela acontecerá. Não estamos apenas lutando pela Marcha do Orgulho de Budapeste ou pela comunidade LGBT+ — estamos lutando pelo direito de todos os húngaros de protestar, expressar suas opiniões e se defender", escreveram.