Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Virginia Giuffre

Família de Virginia Giuffre revela bilhete encontrado após sua morte

Proeminente vítima de Jeffrey Epstein, Virginia Giuffre tirou a própria vida na última sexta-feira, 25, e deixou bilhete manuscrito

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 30/04/2025, às 13h08

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Virginia Giuffre - Reprodução/US District Court - Southern District of New York (SDNY)
Virginia Giuffre - Reprodução/US District Court - Southern District of New York (SDNY)

Na última semana, a família de Virginia Giuffre — vítima mais proeminente do falecido pedófilo Jeffrey Epstein — informou que ela havia cometido suicídio na última sexta-feira, 25, em sua casa de fazenda na Austrália. Agora, mais recentemente, eles compartilharam um bilhete manuscrito que ela deixou, com uma mensagem final de apoio aos sobreviventes de abuso sexual.

Conforme repercute o New York Post, o bilhete foi encontrado entre vários pertencer de Giuffre. "Olá, mundo. Encontramos um bilhete escrito à mão pela nossa irmã Virginia", escreveu sua cunhada, Amanda Roberts, em publicação no Facebook. "Acho importante que os sobreviventes saibam que ela está com vocês e que sua voz não será silenciada. Sei que é muito importante, e o desejo dela é que continuemos lutando. A todos os sobreviventes e aos que protestam. Estamos com vocês em solidariedade e sabemos que a luta não acabou!".

Não vamos embora", escreveu Virginia Giuffre, que tinha 41 anos, no bilhete. "Mães, pais, irmãs e irmãos precisam mostrar que as linhas de batalha estão traçadas e que estamos juntos para lutar pelo futuro das vítimas. Protestar é a resposta? Não sei, mas precisamos começar por algum lugar".
Publicação no Facebook de Amanda Roberts / Crédito: Reprodução/Facebook

Mundo desmoronando

A história de Virginia a colocou como uma figura proeminente na luta contra o tráfico sexual internacional. Ela foi alistada ainda quando adolescente para trabalhar para Epstein, que explorou sexualmente dela junto a outras figuras associadas, como a socialite Ghislaine Maxwell e até mesmo o príncipe Andrew, segundo suas acusações.

Descrita por familiares e advogados como uma "guerreira feroz", a mulher rompeu o silêncio em torno das histórias de abuso que sofreu por Epstein e sua rede, o que colocou seu nome em grande destaque.

Porém, nos últimos tempos, a vida de Giuffre vinha sendo marcada por outros reveses. Segundo sua família, antes de sua morte, ela estava envolvida em uma amarga batalha pela custódia de seus três filhos com o ex-marido, Robert Giuffre, com quem passou 22 anos casada.

À People, um irmão de Giuffre, Sky, disse que ela não conseguia ter contato com os filhos há meses devido a uma ordem de restrição pedida por seu ex-marido — com quem ela, inclusive, afirmou ter sofrido anos de abuso físico.

"É a pior dor do mundo não ter acesso aos seus filhos", disse Sky à People. "Você consegue imaginar a dor? Eu lhe digo, toda a dor física jamais se igualará à dor de ser separado dos seus filhos dessa forma".

Além disso, no último mês, Giuffre também ganhou as manchetes quando publicou em suas redes sociais uma foto em que é possível observar seu rosto machucado. Na publicação, ela alegou ter sido atropelada por um ônibus, e disse ainda que tinha apenas mais "quatro dias de vida", segundo o New York Post.