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Notícias / EUA

EUA: Governo Trump divulga relatório contra tratamentos de transição de gênero

Documento divulgado foi apontado por especialistas como uma propaganda destinada a deslegitimar atendimento médico seguro e baseado em evidências

Redação Publicado em 02/05/2025, às 08h06

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O presidente americano Donald Trump - Getty Images
O presidente americano Donald Trump - Getty Images

Um extenso relatório publicado hoje pelo Departamento de Saúde dos Estados Unidos abordou o atendimento médico destinado a menores transgêneros, alertando para os “importantes riscos” associados aos tratamentos hormonais e cirúrgicos oferecidos a esse público.

Com mais de 400 páginas, o documento não traz a identificação dos autores e foi divulgado em meio a uma série de medidas adotadas pelo governo do presidente republicano Donald Trump desde o fim de janeiro, que incluem tentativas de restringir o serviço de pessoas trans nas Forças Armadas.

O relatório critica as intervenções médicas aplicadas a jovens que não se identificam com o gênero atribuído ao nascer — um tema que tem gerado intensos debates nos Estados Unidos e em outros países. Em 2024, um estudo britânico também havia recomendado “extrema prudência” na prescrição desses tratamentos.

Entre os riscos apontados no novo relatório estão infertilidade ou esterilidade, disfunção sexual, alterações na densidade óssea, efeitos indesejados na cognição, doenças cardiovasculares, distúrbios metabólicos, problemas psiquiátricos, complicações cirúrgicas e arrependimento posterior.

“Nosso dever é proteger as crianças do nosso país e não expô-las a intervenções médicas não testadas e irreversíveis”, declarou Jay Bhattacharya, chefe dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), entidade responsável pela pesquisa médica nos EUA. As informações são da agência de notícias AFP.

Conclusão é contestada

A conclusão, no entanto, é contestada por especialistas como Aisha Mays, integrante da organização Physicians for Reproductive Health, que classificou o relatório como "uma propaganda destinada a deslegitimar o atendimento médico perfeitamente seguro, eficaz e baseado em evidências".

Dados recentes publicados na revista Jama Pediatrics indicam que, entre 2018 e 2022, menos de 0,1% dos menores americanos com seguro privado tiveram acesso a esses tratamentos hormonais.