Na França, arqueólogos encontraram espada de 2.300 anos, decorada com suástica, em uma necrópole celta da Idade do Ferro; saiba mais!
Publicado em 01/05/2025, às 10h00 - Atualizado em 05/05/2025, às 17h50
Na França, arqueólogos desenterraram recentemente uma impressionante espada celta de 2.300 anos, adornada com pasta de vidro e gravuras de suástica. A descoberta aconteceu em um uma necrópole celta da Idade do Ferro.
Embora nenhum esqueleto tenha sido encontrado por lá, os pesquisadores ainda localizaram diversos artefatos de metal no local, incluindo pulseiras de liga de cobre, fíbulas decoradas feitas de ferro, assim como duas espadas intactas ainda na bainha — sendo uma delas com a decoração de suástica.
No total, 18 dessas fíbulas foram identificadas no local, feitas principalmente de liga de cobre ou ferro, com a "mais excepcional" delas embelezada com uma pedra cabochão e decorada com um motivo de folha de prata, apontam os arqueólogos.
Segundo o Instituto Nacional Francês de Pesquisa Arqueológica Preventiva (INRAP), a espada é atribuída ao final do século 4 ou ao início do século 3 a.C., sendo classificada pelos pesquisadores como "o objeto mais espetacular da necrópole".
Os pesquisadores explicaram que o cabo e a placa frontal da bainha eram feitos de liga de cobre, e a bainha também teria sido projetada para se usar na cintura. Diversas pedras preciosas polidas decoram as bordas da bainha — e pelo menos duas delas apresentam desenho de suástica.
Exames de raio-x revelaram ainda símbolos incrustados na ponta da lâmina da espada: um círculo e uma lua crescente, que estavam separados por uma linha. Com base na natureza dessas decorações, os cientistas suspeitam que a espada foi concebida provavelmente no início do século 4 a.C.
A outra espada, nitidamente desprovida de qualquer decoração, foi encontrada acompanhada de argolas de suspensão, o que permitiria que ela fosse carregada na cintura. Ainda havia alguns fragmentos de tecido presos na oxidação metálica na parte de trás da bainha — que pode ter vindo das roupas do falecido, de uma mortalha ou de uma capa, dizem os pesquisadores.
No local, por fim, os arqueólogos também descobriram um pequeno vaso funerário coberto com padrões perfurados alternados com tiaras pintadas. "Esta necrópole pode ser comparada a sítios bem conhecidos em Champagne, na Bacia de Paris ou na Borgonha", disseram os pesquisadores, repercute o The Independent.