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Notícias / Dinossauros

Dinossauros ainda poderiam estar caminhando pela Terra se não fosse por asteroide

Estudo recente rebate sobre declínio populacional dos dinossauros antes da queda do asteroide que os dizimou; há 66 milhões de anos

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
[email protected]

Publicado em 01/05/2025, às 10h30

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Imagem meramente ilustrativa - Getty Imagens
Imagem meramente ilustrativa - Getty Imagens

Os dinossauros ainda poderiam estar vagando pelo planeta Terra caso um asteroide não tivesse caído em nosso planeta há 66 milhões de anos. Pelo menos é isso que aponta uma pesquisa recente, que rebate as crenças de que a população dos dinos estava em declínio quando o asteroide caiu por aqui

Os especialistas apontam que a percepção do declínio populacional se dá por uma série de fatores, como dados fósseis falhos, de acordo com um estudo que analisou quase 18 milhões de anos de evidências fósseis.

Achados fósseis há muito indicam que os dinossauros estavam diminuindo de número e diversidade bem antes do impacto do asteroide com o planeta Terra, na parte final do período Cretáceo. 

Até então, diversos pesquisadores acreditavam que isso já era um sinal de que os dinossauros estavam a beira da extinção bem antes do evento cataclísmico. Porém, o pensamento é um tanto controverso dentro da comunidade científica, visto que outros especialistas argumentam que a diversidade dos dinossauros estava indo muito bem na época de seu desaparecimento.

"Isso tem sido um assunto de debate há mais de 30 anos — os dinossauros estavam condenados e já estavam a caminho da extinção antes do asteroide atingir a Terra?", questiona o principal autor do estudo, Chris Dean, paleontólogo da University College London, em uma declaração, conforme repercutido pelo Live Science. 

O novo estudo

Agora, um recente estudo, publicado no periódico Current Biology, sugere que a aparente raridade dos dinossauros antes de sua extinção pode ser simplesmente devido a um registro fóssil pobre.

Para chegar nessa conclusão, pesquisadores estudaram registros de cerca de 8.000 fósseis da América do Norte datados da era Campaniana (83,6 milhões a 72,1 milhões de anos atrás) e Maastrichtiana (72,1 milhões a 66 milhões de anos atrás). O estudo foi centrado em quatro famílias: Ankylosauridae, Ceratopsidae, Hadrosauridae e Tyrannosauridae.

Inicialmente, a pesquisa observou que a diversidade dos dinossauros atingiu o pico há cerca de 76 milhões de anos — e foi declinando até o extermínio dos dinossauros não aviários em decorrência do impacto do asteroide. 

Essa tendência foi ainda mais pronunciada nos 6 milhões de anos anteriores à extinção em massa, com o número de fósseis de todas as quatro famílias diminuindo no registro geológico.

Por outro lado, não existem indícios de que condições ambientais extremas ou outros fatores possam ter influenciado nessa queda. Assim, todas as famílias de dinossauros eram amplamente distribuídas e comuns, segundo os modelos desenvolvidos pelos pesquisadores — e, portanto, com baixo risco de extinção, exceto em um evento catastrófico como o impacto de um asteroide.

Para explicar isso, os cientistas sugerem que o Maastrichtiano pode ter tido condições geológicas mais precárias para a fossilização; o que fez parecer que naquele período existiam menos dinossauros e menos diversidade do que em outros tempos — o que pode não condizer com a realidade da época. 

A equipe também descobriu que afloramentos geológicos do Maastrichtiano, na América do Norte, não estavam expostos ou estavam cobertos por vegetação; ou seja, as rochas que poderiam conter dinossauros não eram facilmente acessíveis aos pesquisadores que buscavam os restos mortais. Como metade dos fósseis conhecidos desse período são da América do Norte, as descobertas do estudo podem ter implicações globais também.