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Notícias / China x Taiwan

China anuncia plano de reunificação com Taiwan: 'Não renunciaremos ao uso da força'

O território já funciona de forma independente ao governo chinês há décadas, mas não conta com grande apoio internacional

Redação Publicado em 10/08/2022, às 15h44

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Fotografia das Forças Armadas de Taiwan em 2022 fazendo um exercício militar que simula possível invasão chinesa - Getty Images
Fotografia das Forças Armadas de Taiwan em 2022 fazendo um exercício militar que simula possível invasão chinesa - Getty Images

O governo chinês publicou nesta quarta-feira, 10, um documento nomeado "A Questão de Taiwan e a Reunificação da China na Nova Era", que descreve os planos do país para reanexar o território, que se separou em 1949. 

Taiwan já funciona de maneira independente à China há décadas, contando com um Estado próprio, políticos eleitos de forma democrática, Forças Armadas e uma moeda nacional. A auto-proclamada nação, todavia, não é reconhecida por muitos países. 

Trabalharemos com a maior sinceridade e faremos todo o possível para alcançar a reunificação pacífica. Mas não renunciaremos ao uso da força e nos reservamos a opção de adotar todas as medidas necessárias", afirmaram as autoridades chinesas no relatório, que foi repercutido pela AFP. 

Em outro trecho, o documento ainda enfatizou que "atividades separatistas" não serão toleradas. 

Contexto geopolítico 

A invasão da Ucrânia pela Rússia despertou preocupações entre os líderes internacionais de que a China tentaria uma abordagem semelhante em relação à Taiwan, algo que chegou a ser expressado pelo diretor da CIA, Bill Burns, em uma entrevista feita no último mês de julho. 

Eu acho que a liderança chinesa está tentando estudar as lições da invasão da Ucrânia pela Rússia, e o que isso diz para eles (...) Provavelmente afeta menos a questão de 'se' a China vai escolher tomar a decisão de usar força para controlar Taiwan, e sim a questão de 'quando' e 'como' isso vai acontecer", afirmou o homem na ocasião. 

Recentemente, as tropas chinesas também fizeram uma série de exercícios militares de lançamento de mísseis nas proximidades de Taiwan, o que deixou as autoridades mundiais em alerta para um possível ataque.