O território já funciona de forma independente ao governo chinês há décadas, mas não conta com grande apoio internacional
O governo chinês publicou nesta quarta-feira, 10, um documento nomeado "A Questão de Taiwan e a Reunificação da China na Nova Era", que descreve os planos do país para reanexar o território, que se separou em 1949.
Taiwan já funciona de maneira independente à China há décadas, contando com um Estado próprio, políticos eleitos de forma democrática, Forças Armadas e uma moeda nacional. A auto-proclamada nação, todavia, não é reconhecida por muitos países.
Trabalharemos com a maior sinceridade e faremos todo o possível para alcançar a reunificação pacífica. Mas não renunciaremos ao uso da força e nos reservamos a opção de adotar todas as medidas necessárias", afirmaram as autoridades chinesas no relatório, que foi repercutido pela AFP.
Em outro trecho, o documento ainda enfatizou que "atividades separatistas" não serão toleradas.
A invasão da Ucrânia pela Rússia despertou preocupações entre os líderes internacionais de que a China tentaria uma abordagem semelhante em relação à Taiwan, algo que chegou a ser expressado pelo diretor da CIA, Bill Burns, em uma entrevista feita no último mês de julho.
Eu acho que a liderança chinesa está tentando estudar as lições da invasão da Ucrânia pela Rússia, e o que isso diz para eles (...) Provavelmente afeta menos a questão de 'se' a China vai escolher tomar a decisão de usar força para controlar Taiwan, e sim a questão de 'quando' e 'como' isso vai acontecer", afirmou o homem na ocasião.
Recentemente, as tropas chinesas também fizeram uma série de exercícios militares de lançamento de mísseis nas proximidades de Taiwan, o que deixou as autoridades mundiais em alerta para um possível ataque.