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Notícias / Arqueologia

Cemitério medieval com mais de 300 esqueletos é encontrado na Inglaterra

Esqueletos e artefatos foram descobertos durante escavação arqueológica no futuro campus da Universidade de Gloucestershire, na cidade de Gloucester

por Giovanna Gomes
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Publicado em 28/04/2025, às 10h22

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Arqueólogo da Cotswold Archaeology trabalhando na escavação dos túmulos medievais em Gloucester - Divulgação/ Universidade de Gloucestershire
Arqueólogo da Cotswold Archaeology trabalhando na escavação dos túmulos medievais em Gloucester - Divulgação/ Universidade de Gloucestershire

Mais de trezentos esqueletos humanos, além de artefatos dos períodos romano, medieval e pós-medieval, foram descobertos durante uma escavação arqueológica no futuro campus da Universidade de Gloucestershire, na cidade de Gloucester, Inglaterra. O local, que antes abrigava a famosa loja de departamentos Debenhams, revelou um verdadeiro tesouro histórico que oferece uma visão fascinante sobre a evolução da região ao longo dos séculos.

Entre os achados estão vestígios de uma estrada romana do século 2, além de fragmentos de cerâmica e as fundações de uma antiga casa geminada, evidências de que o local já foi um assentamento vibrante durante o Império Romano. A maior parte dos sepultamentos, no entanto, é associada a duas igrejas que existiram ali.

Cerca da metade dos esqueletos foi encontrada em jazigos medievais, provavelmente vinculados a uma igreja anterior à conquista normanda de 1066, que teria sido demolida no século 17, após danos causados pela Guerra Civil Inglesa. Já os sepultamentos mais rasos, sem abóbadas, parecem estar relacionados à Igreja de St. Aldate, construída em 1750.

A escavação, realizada pela Cotswold Archaeology, revelou a planta da igreja pós-medieval, com fundações de calcário e tijolo, além de 83 jazigos revestidos de alvenaria. Apesar disso, a localização exata da igreja medieval ainda permanece incerta.

"Embora não tenhamos identificado a estrutura completa da igreja medieval, encontramos uma parede de calcário com reboco de cal que provavelmente fazia parte dela", explicou Steve Sheldon, arqueólogo responsável pelo projeto. As informações são do portal Galileu.

Artefato

Entre os objetos recuperados, destaca-se uma peça de um arco de janela do século 14, que será exposta no novo campus universitário, permitindo que alunos e visitantes conheçam parte da história local.

Os esqueletos também prometem revelar detalhes importantes sobre a saúde e os hábitos das populações antigas: "O impacto da dieta no século 16, por exemplo, é visível nos dentes dos enterrados. O aumento do consumo de açúcar deixou marcas claras na saúde bucal dessas pessoas", apontou o arqueólogo Cliff Bateman.

As investigações continuam com análises de datação por carbono e estudos osteológicos, que ajudarão a traçar um retrato mais completo sobre quem eram essas pessoas e como viviam.