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Notícias / Titanic

Carta escrita por sobrevivente do Titanic é leiloada por R$ 2,4 milhões

Uma carta escrita pelo sobrevivente do Titanic, Coronel Archibald Gracie, foi leiloada por £300.000 (cerca de R$ 2,4 milhões) neste domingo, 27

Luiza Lopes, sob supervisão de Éric Moreira Publicado em 28/04/2025, às 10h30

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Carta escrita pelo Coronel Archibald Gracie - Divulgação/Henry Aldridge and Son
Carta escrita pelo Coronel Archibald Gracie - Divulgação/Henry Aldridge and Son

Uma carta escrita por um sobrevivente do Titanic, Coronel Archibald Gracie, foi leiloada por £300.000 (cerca de R$ 2,4 milhões) neste domingo, 27, pela Henry Aldridge and Son.  Datada de 10 de abril de 1912, o dia do embarque, a carta foi enviada de Queenstown a Londres antes do naufrágio.

Nela, Gracie comenta: "É um belo navio, mas aguardarei o final da viagem antes de dar meu veredicto sobre ele". A frase é considerada profética, já que o Titanic afundou cinco dias depois.

"A Oceanic é como uma velha amiga e, embora ela não possua o estilo elaborado e as variadas diversões deste grande navio, suas qualidades de navegabilidade e aparência semelhante a um iate me fazem sentir falta dela. Foi muito gentil da sua parte me dar essa despedida tão amável, com os melhores votos de sucesso e felicidade, ArchibaldGracie", escreve. 

Carta é datada de 10 de abril de 1912, data do embarque no transatlântico / Crédito: Divulgação/Henry Aldridge and Son
Detalhes da carta / Crédito: Divulgação/Henry Aldridge and Son
Assinatura / Crédito: Divulgação/Henry Aldridge and Son

Peça rara

Segundo a casa de leilões, o documento, destinado a um conhecido de Gracie hospedado no hotel Waldorf, é descrito como uma raridade: nunca antes havia sido colocado à venda e é o único cartão-carta escrito a bordo do Titanic conhecido. Além de elogiar o navio Oceanic, ele agradece a despedida recebida antes da viagem.

Durante a travessia, Gracie passou o tempo escoltando mulheres desacompanhadas, nadando, jogando squash e socializando. Na noite do desastre, ajudou a evacuar mulheres e crianças antes de se salvar subindo em um bote salva-vidas virado. Mais da metade dos homens que alcançaram o bote morreram de frio durante a noite.

A Henry Aldridge and Son classificou o lote como uma peça "excepcional e digna de museu", reforçando o valor histórico do relato de Gracie, autor do livro “A Verdade sobre o Titanic”, conforme repercute O Globo.

"É impossível exagerar a raridade deste lote: foi escrito por um dos sobreviventes de maior destaque, com um conteúdo excepcional e em um meio extremamente raro — um cartão de carta. Uma peça verdadeiramente excepcional, digna de museu", declarou em comunicado.