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Notícias / Arqueologia

Cálice romano chama atenção em antiga sepultura anglo-saxônica

Descoberta de cálice romano em Scremby, na Inglaterra, desafia noções sobre a transição entre as culturas romana e anglo-saxônica

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 02/12/2024, às 21h30

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Cálice romano encontrado em tumba na Inglaterra - Reprodução/European Journal of Archaeology
Cálice romano encontrado em tumba na Inglaterra - Reprodução/European Journal of Archaeology

Arqueólogos fizeram uma descoberta extraordinária em uma sepultura anglo-saxônica do século 6 em Scremby, Lincolnshire, na Inglaterra: um cálice romano intacto e em perfeitas condições.

Apelidado de "Cálice de Scremby", o artefato desafia as noções sobre as relações entre as sociedades romana e anglo-saxônica, revelando complexas interações culturais e simbólicas.

O cálice foi descoberto em 2018 durante escavações da Universidade de Sheffield como parte de um estudo sobre o cemitério do Período de Migração em Scremby, que continha 49 sepultamentos. Um deles era o túmulo de uma jovem, designada Sk18, se destacou por sua simplicidade: apenas dois broches circulares, um par de pulseiras e o cálice foram encontrados.

O cálice

O cálice, datado do século 3 d.C., apresenta um design elegante e foi encontrado ao lado dos restos mortais da Sk18. Sua presença em um túmulo anglo-saxônico sugere que o objeto tinha um significado especial para a comunidade, possivelmente como um marcador de status ou um símbolo de continuidade com o passado romano.

Foto
Túmulo da mulher onde o cálice foi encontrado - European Journal of Archaeology

Análises revelaram que o cálice continha resíduos de gordura de porco, o que indica que ele pode ter sido utilizado para fins rituais ou medicinais. Essa descoberta abre novas perspectivas sobre as práticas e crenças da sociedade anglo-saxônica, que parecem ter incorporado elementos da cultura romana em seus próprios rituais.

Segundo o 'Archaeology News', a condição impecável do cálice, em contraste com outros artefatos romanos frequentemente encontrados fragmentados em sepultamentos anglo-saxões, sugere que ele foi cuidadosamente preservado e transmitido através das gerações.