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Notícias / Astronomia

Asteroide pode colidir com a Lua em 2032 e lançar detritos em direção à Terra

Impacto seria o maior em 5 mil anos e poderia gerar uma chuva de meteoros espetacular, além de riscos para satélites e espaçonaves

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 23/06/2025, às 16h35

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Imagem ilustrativa de Asteroide - Getty Images
Imagem ilustrativa de Asteroide - Getty Images

Um estudo recente aponta que o asteroide 2024 YR4, descoberto no início deste ano, pode colidir com a Lua em 2032, causando um impacto de proporções históricas.

Segundo os pesquisadores, a colisão tem uma chance de 4,3% de ocorrer e, se confirmada, poderá lançar milhões de quilos de detritos lunares em direção à Terra — fenômeno que resultaria tanto em uma rara e vívida chuva de meteoros quanto em riscos potenciais para satélites, espaçonaves e missões espaciais em órbita.

O asteroide, com dimensões estimadas entre 53 e 67 metros de largura, chegou a preocupar a comunidade científica ao ser inicialmente considerado uma ameaça direta à Terra, com 3% de chance de colisão. Observações adicionais, porém, praticamente eliminaram essa possibilidade, reduzindo o risco para 0,0017%. A Lua, no entanto, permanece vulnerável, com um risco significativamente maior detectado pelo telescópio espacial James Webb.

Caso o impacto ocorra, a simulação realizada por cientistas canadenses prevê a formação de uma cratera de aproximadamente 1 quilômetro de diâmetro na superfície lunar.

O choque liberaria energia comparável à de uma grande explosão nuclear, espalhando fragmentos rochosos desde partículas milimétricas até pedaços com vários centímetros, que poderiam atingir a atmosfera terrestre dias depois do evento. Enquanto os menores queimariam ao entrar na atmosfera, outros poderiam permanecer em órbita e representar ameaça a satélites, estações espaciais e até astronautas.

A chuva de meteoros que poderia ser vista da Terra seria impressionante, talvez a maior em milhares de anos", afirmou o principal autor do estudo, Dr. Paul Wiegert, da Universidade de Western Ontario.

No entanto, ele também alertou para o perigo que os detritos representariam para as tecnologias espaciais, já que até uma pedra de um centímetro de largura viajando a dezenas de milhares de metros por segundo pode causar danos equivalentes ao disparo de uma bala.

Segurança

O estudo destaca ainda a necessidade de ampliar as estratégias globais de defesa planetária, hoje concentradas em proteger a Terra de impactos diretos, para incluir também ameaças derivadas de eventos em regiões mais distantes do espaço próximo.

A NASA, por sua vez, reiterou que um impacto desse porte não alteraria a órbita lunar em relação à Terra, afastando preocupações com possíveis mudanças gravitacionais no sistema Terra-Lua.

Segundo o 'The Guardian', o 2024 YR4, que atualmente segue uma trajetória em torno do Sol, só voltará a ser observado com clareza em 2028, quando novas medições permitirão avaliar com maior precisão seu tamanho e rota definitiva. Até lá, o risco para a Lua — e, indiretamente, para a Terra — permanece sob monitoramento contínuo por agências espaciais.