A cidade italiana de Florença finalmente se livrará do guindaste gigante, apelidado de “monstro de metal”, que está no seu centro desde 2006
A cidade italiana de Florença finalmente se livrará do guindaste gigante, apelidado de “monstro de metal”, que está no seu centro desde 2006. A informação foi confirmada pelo jornal La Nazione.
Instalado numa praça em frente às famosas Galerias Uffizi para erguer materiais pesados na primeira fase da expansão do museu — projeto que ainda não foi concluído —, o equipamento com mais de 60 metros de altura era visível de longe e acabou se tornando um símbolo da lentidão burocrática italiana e um incômodo para a estética da cidade.
Com o avanço lento das obras, seu uso diminuiu, mas o guindaste permaneceu no local, gerando inúmeras críticas. O impacto negativo no skyline e no coração histórico de Florença tornou-se motivo de piada, especialmente nas redes sociais, com a criação do perfil “Gru in Florence” no Facebook, dedicado a ironizar sua permanência aparentemente eterna.
Os principais obstáculos para a remoção foram os altos custos e a necessidade de diversas permissões oficiais. Após um trabalho silencioso e intenso de um ano, o museu reorganizou completamente o canteiro de obras para garantir o fornecimento rápido dos materiais, eliminando a dependência do guindaste.
A desmontagem está marcada para começar em 16 de junho e seguirá até 21 de junho, com duração total de seis dias. Haverá um evento simbólico de celebração na Loggia dei Lanzi, no terraço do museu, com a presença do ministro da Cultura da Itália, Alessandro Giuli.
O diretor das Galerias Uffizi, Simone Verde, afirmou ao La Nazione: “Florença esperava por esse momento há muito tempo. O monstro metálico está saindo, e a beleza da cidade poderá enfim ser apreciada intacta e preservada.”
Segundo o jornal italiano, parte do custo total de cerca de €180 mil (cerca de R$ 1,1 milhão) para a operação foi coberta por uma coalizão de empresários locais e instituições, incluindo Stefano Ricci, Leonardo Bassilichi, Giorgio Moretti, Stefano Gabbrielli, Elisabetta Fabri, Marco Carrai, Confindustria, Enic e a Fundação CR Firenze.
Após a retirada do guindaste, será instalado um canteiro “light”, com um guincho menos invasivo e mais sustentável, permitindo a continuidade das obras de expansão dos Novos Uffizi sem prejudicar a paisagem urbana. Verde ressaltou que o impacto negativo causado pelo guindaste pesou demais para a cidade e espera que essa data marque o fim desse “amaldiçoado canteiro de obras”.