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Notícias / Saúde

Alerta: Infecções por HIV podem aumentar após fim de apoio dos EUA

Corte de recursos dos Estados Unidos pode multiplicar casos de HIV por seis e afetar países de baixa e média renda, incluindo o Brasil

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 11/02/2025, às 19h30

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Imagem ilustrativa de teste de HIV positivo - Getty Images
Imagem ilustrativa de teste de HIV positivo - Getty Images

Uma declaração alarmante da chefe do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (ONUSIDA), Winnie Byanyima, à Associated Press, põe em xeque o futuro do combate à Aids em escala global. 

O número de novas infecções por HIV pode explodir até 2029 caso os Estados Unidos retirem o apoio financeiro do maior programa de combate à doença.

O principal motivo para esse crescimento alarmante seria a circulação de cepas mais resistentes do vírus, tornando o tratamento e a prevenção mais desafiadores.

A estimativa foi realizada após o anúncio de que o financiamento americano seria interrompido. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou essa decisão como uma "ameaça global" para as pessoas que vivem com HIV, especialmente nos países de média e baixa renda, como o Brasil.

"Isso custará vidas se o governo americano não mudar de ideia e manter sua liderança", afirma Byanyima Associated Press, ressaltando que não cabe a ela criticar nenhuma política governamental.

Aumento

A diretora-executiva da ONUSIDA prevê um aumento de 8,7 milhões de pessoas infectadas pelo HIV nos próximos quatro anos, caso o corte se concretize. Essa mudança drástica contrasta com o cenário atual, que registrou 1,3 milhão de novos casos em 2023, uma diminuição de 60% desde o auge da transmissão do vírus em 1995.

No Brasil, o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde aponta para 46.495 novos casos de infecções por HIV em 2023, um aumento de 4,5% em relação a 2022. A ameaça do corte no financiamento global coloca em risco os avanços alcançados no país e no mundo.

Byanyima enfatiza que o corte é catastrófico, pois cerca de 90% do valor total necessário para os programas de combate à Aids em alguns países vem de financiamento externo. "Quase 400 milhões de dólares (mais de 2 bilhões de reais) vão para países como Uganda, Moçambique e Tanzânia", exemplifica.