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Notícias / Irmãos Menendez

A 'guerra' entre Ryan Murphy e a família Menendez: 'O que há de grotesco?'

Criador de "Irmãos Menendez: Assassino dos Pais", da Netflix Ryan Murphy voltou a rebater críticas feitas por familiares de Lyle e Erik

por Thiago Lincolins
[email protected]

Publicado em 27/09/2024, às 18h26

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Ryan Murphy (à esqu.) e Erik e Lyle Menendez (à dir.) - Getty Images e arquivo pessoal
Ryan Murphy (à esqu.) e Erik e Lyle Menendez (à dir.) - Getty Images e arquivo pessoal

Entre os assuntos mais comentados da semana, o caso dos irmãos Menendez se destaca. Em 1989, eles chocaram os Estados Unidos ao assassinar os próprios pais em sua mansão, localizada em Beverly Hills, Los Angeles, nos Estados Unidos. 

Agora, o caso volta a ganhar repercussão com a estreia da segunda temporada de "Monstro", da Netflix. Criada por Ryan Murphy, os episódios de "Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais" exibe a noite brutal, as investigações e condenações de Lyle e Erik Menendez.

Mas, foi a maneira como criador retratou os irmãos que repercutiu de maneira negativa nas redes sociais. Ao decorrer dos episódios, a produção sugere que Lyle e Erik desenvolveram um relacionamento amoroso, o que não aconteceu na vida real. 

Cenas da série "Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais" - Netflix

Na última quinta-feira, 26, Ryan se manifestou após ser criticado pela família de Lyle e Erik Menendez. Em comunicado, eles afirmaram que a série é "grotesca". "Murphy alega que passou anos pesquisando o caso, mas no final confiou no desmascarado Dominick Dunne, pró-acusação, para justificar sua calúnia contra nós e nunca falou conosco", afirma parte da declaração. 

O que disse Ryan?

Após as críticas, que também partiram do verdadeiro Erik Menendez, o criador da produção se manifestou em entrevista à Variety. Ele explicou que a "resposta da família é previsível na melhor das hipóteses".

Ele também demonstrou interesse em saber detalhadamente o que a família viu como "chocante ou não chocante". Além disso, também disse que eles [familiares] sempre falam sobre "mentiras atrás de mentiras".

"Acho interessante porque gostaria de detalhes sobre o que eles acham que é chocante ou não chocante. Não é como se estivéssemos inventando nada disso. Tudo já foi apresentado antes. O que estamos fazendo é sermos os primeiros a apresentá-lo em um ecossistema contido. O que há de grotesco nisso? (...) Tammi [e] a família, eles sempre fizeram isso e fizeram isso recentemente — eles dizem, 'mentiras atrás de mentiras' — mas então eles não dizem quais são as mentiras. Eles não comprovam nada", disse ele ao veículo.

Erik e Lyle Menendez - Getty Images

Além disso, Ryan acredita que o lançamento da série é a melhor coisa que poderia ter acontecido com os irmãos após tantos anos.

"Eles agora estão sendo comentados por milhões de pessoas em todo o mundo. Há um documentário saindo em duas semanas sobre eles, também na Netflix. E acho que o interessante sobre isso é que está pedindo às pessoas que respondam às perguntas: 'Eles devem ter um novo julgamento? Eles devem ser soltos da prisão? O que acontece em nossa sociedade? As pessoas devem ser trancadas para o resto da vida? Não há chance de reabilitação?'", argumentou ele. "Estou interessado nisso, e muitas pessoas estão falando sobre isso. Estamos fazendo perguntas realmente difíceis, e isso está dando a esses irmãos outro julgamento no tribunal da opinião pública. Pelo que posso dizer, realmente abriu a possibilidade de que essa evidência que eles alegam ter, talvez haja um caminho a seguir para eles".

Julgamento injusto

Para Ryan, o segundo julgamento dos irmãos foi injusto, diante de todas as alegações compartilhadas. 

"O segundo julgamento foi uma farsa. Acho insano que todas as evidências que eles alegam que realmente aconteceram não tenham sido admitidas", continuou ele. "Isso é um erro. Acho que o comportamento desses jurados homens é um ultraje. Acho que muitos desses jurados eram homofóbicos. Acho que eles se recusaram a aceitar a ideia de que abuso sexual poderia acontecer com homens. Acho isso ultrajante. Então, o que eu acho? Acho que se houver novas evidências, sim, elas devem ser ouvidas. Eu também, pessoalmente, não acredito que alguém deva passar a vida inteira na prisão".