Muitos usuários de aplicativos de relacionamento procuram, inclusive, pelos antecedentes criminais do par romântico — e alguns até pagam por essas informações
Com o documentário do Golpista do Tinder em alta, lançado pela Netflix no começo do mês, o modo como as pessoas lidam com aplicativos de relacionamento vem chamando a atenção.
A empresa de cibersegurança NortonLifeLock divulgou um relatório em que mostra que a maioria dos brasileiros checa informações sobre os potenciais parceiros logo após o famoso match, ou seja, podem começar a conversar em apps de namoro.
O estudo foi conduzido pelo The Harris Poll em parceria com a Norton e avaliou que, em território nacional, são usadas inúmeras ferramentas para obter dados sobre os pares. O grupo analisado incluía 1000 brasileiros de 18 anos ou mais.
Como repercutiu a revista Exame, 73% das pessoas analisadas admitiram que pesquisam sobre a pessoa com quem deram match. Esse número é dividido pelo método usado para essa busca: 52% utilizam as redes sociais, enquanto 27% usam sites de busca como o Google.
Além disso, a pesquisa também mostrou que os usuários de aplicativos também podem checar os perfis de amigos e familiares do potencial parceiro, o que 26% dos entrevistados admitiram fazer. 25% disseram olhar as redes sociais profissionais.
Um dado muito particular obtido pelo relatório é que algumas pessoas chegaram a pagar para que terceiros obtivessem essas informações sobre o possível par romântico.
Cerca de 7% dos entrevistados pagou alguém para realizar uma “checagem de antecedentes” do match.
“É normal que a maioria das pessoas faça alguma forma de verificação antes de conhecer alguém pela primeira vez após o match nos aplicativos. Mas dados pessoais atualizados constantemente nas plataformas tornam as pessoas vulneráveis caso caiam em mãos erradas”, explicou Kevin Roundy, diretor técnico da NortonLifeLock.