Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Estados Unidos

23 anos depois: DNA e disfarce policial revelam culpado por assassinato

Eugene Gligor, que manteve vida discreta por duas décadas, confessou ter matado a ex-sogra em 2001; coleta secreta de DNA foi crucial para o desfecho

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 09/05/2025, às 14h20

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Leslie Preer e Eugene Gligor - Divulgação/Montgomery County Department of Police
Leslie Preer e Eugene Gligor - Divulgação/Montgomery County Department of Police

Mais de duas décadas após o brutal assassinato de Leslie Preer em sua residência em Chevy Chase, no condado de Montgomery, o mistério chegou ao fim. Eugene Teodor Gligor, hoje com 44 anos, declarou-se culpado por homicídio doloso em segundo grau, encerrando um dos casos mais antigos e impactantes da região.

O rapaz, que vivia discretamente em Washington e jamais havia levantado suspeitas, foi identificado graças a uma sofisticada tecnologia de DNA forense que ligou seu material genético à cena do crime.

A reviravolta na investigação veio no ano passado, quando uma amostra de sangue encontrada na casa da vítima revelou a presença de um DNA masculino desconhecido. A pista decisiva estava sob as unhas de Preer, evidência de que ela havia lutado com o agressor antes de morrer.

A identificação de Gligor exigiu uma investigação genealógica internacional. "Identificamos um parente distante na Romênia e, a partir disso, construímos uma árvore genealógica que nos levou até ele", explicou o promotor John McCarthy.

Prisão

A prisão de Gligor foi digna de um thriller policial. Sabendo que ele retornaria de Londres para os EUA, autoridades prepararam uma operação discreta no Aeroporto Internacional de Dulles.

Ao desembarcar, ele foi conduzido a uma sala reservada para controle alfandegário, onde agentes deixaram garrafas de água disponíveis. O homem ingeriu uma delas, permitindo a coleta de DNA de forma sigilosa.

Segundo 'O Globo', embora a defesa tenha tentado contestar a legalidade dessa abordagem, Gligor acabou confessando o crime antes que a justiça avaliasse a objeção. Ele aguarda agora a sentença, que pode chegar a até 30 anos de prisão.

O caso ganha contornos ainda mais perturbadores quando se conhece a conexão pessoal entre vítima e assassino. Gligor namorou Lauren, filha de Leslie Preer, por cerca de cinco anos, iniciando o relacionamento ainda no ensino médio. O crime ocorreu três anos após o fim do namoro, cuja motivação segue desconhecida.

Lauren relatou ao 'The Washington Post' que nunca desconfiou do ex-namorado e que chegaram a se encontrar esporadicamente após o término. "Foi um choque completo", declarou. Já seu pai, no entanto, sempre nutriu desconfianças em relação a Eugene, embora sem nunca apresentar razões concretas.