Muito além de trágica e brutal, a causa da morte do homem ainda revela seu desespero para tentar fugir das cinzas do Vesúvio
Pouco antes da catastrófica erupção do Vesúvio em 79 d.C., centenas de habitantes de Pompeia lutaram por suas vidas, a fim de fugir da lava e das cinzas. Um deles, segundo estudo de 2018, teve a má sorte de ser morto por uma pedra durante a sua fuga. Seus restos foram revelados em escavações no sítio arqueológico das ruínas, na Itália.
As pesquisas ainda indicaram que o homem foi atingido por um grande bloco de pedra, de 300 quilos, que esmagou seu tórax e, provavelmente, arrancou sua cabeça. Mesmo que o choque não tivesse ocorrido, as chances de sobrevivência eram nulas. Pompeia foi atingida por um fluxo piroclástico, ou seja, uma grande nuvem de gases e material vulcânico, que pode passar dos 1000 graus Celsius.
Para piorar sua situação, arqueólogos ainda concluíram que o homem, de mais de 30 anos, sofria de uma infecção na tíbia, o que dificultou a sua fuga. "Além do impacto emocional dessas descobertas, a possibilidade de comparar esses achados contribui para uma história cada vez mais precisa da história e da civilização da época, que é a base da pesquisa arqueológica", disse Massimo Osanna, diretor geral do sítio arqueológico, na época da publicação do estudo.
Entre 15 e 20 mil pessoas viviam nas cidades italianas de Pompeia e Herculano na época. A famosa erupção — ocorrida durante a madrugada, enquanto quase todos dormiam — matou cerca de 2 mil pessoas nos povoados vizinhos, mas a maioria dos habitantes conseguiu sobreviver e precisou buscar abrigo após a tragédia. A maior parte permaneceu na costa sul da Itália, nas comunidades de Cumae, Nápoles, Ostia e Puteoli.