Ainda com a comoção de "Bebê Rena", a pessoa que teria inspirado a personagem Martha foi contrária a exposição e fez revelações chocantes; confira!
Publicado em 14/05/2024, às 18h00 - Atualizado em 17/06/2024, às 19h00
Em meio ao enorme sucesso da série ‘Bebê Rena’, a entrevista de Fiona Harvey com Piers Morgan abalou a narrativa oficial e trouxe à tona uma nova realidade e ponto de vista sobre a história. Baseada em um perturbador caso real vivido por Richard Gadd, a obra da Netflix acompanha a relação conturbada e tóxica entre Donny Dunn, interpretado pelo próprio Gadd, e sua stalker, Martha Scott.
Declarando ser a inspiração para a 'Martha Scott' de ‘Bebê Rena’, Harvey decidiu ir ao programa "Piers Morgan Uncensored" para apresentar sua própria versão dos fatos. Essa foi sua primeira aparição pública desde a estreia da série, que não apenas conquistou o topo das paradas da Netflix mundialmente, como também impulsionou uma busca desenfreada pelas pessoas reais por trás da história.
Embora o elenco de ‘Bebê Rena’, com Gadd como Donny e Jessica Gunning como Martha, tenha apresentado os personagens com nuances e sensibilidade, Harvey se mostrou profundamente insatisfeita com sua representação. Determinada a "esclarecer as coisas", ela revelou 5 pontos cruciais que contestam a narrativa da série. Confira:
Apesar de sua intenção de desafiar a narrativa de ‘Bebê Rena’,Fiona Harvey revela que não assistiu à série. Em entrevista com Piers Morgan, ela admite que sua recusa se baseia em relatos de terceiros, classificando a produção da Netflix como "doentia", "obscena", "horrível" e "misógina". Harvey alega que a produção causou transtornos em sua vida e que assistir seria como "dar crédito" à história distorcida.
Sua decisão de se manifestar publicamente foi impulsionada por perseguição online e também ameaças de morte. Diante da situação, ela se sente obrigada a se defender, buscando no programa de Morgan uma plataforma para apresentar sua versão dos fatos. O objetivo principal de Harvey é contestar os pontos específicos da série que geraram grande repercussão e acaloradas discussões.
É importante ressaltar que a recusa de Harvey em assistir ‘Bebê Rena’ não invalida suas contestações.
O momento crucial da entrevista de Fiona Harvey ocorreu quando ela foi questionada sobre a perseguição a Richard Gadd. Harvey, mantendo sua postura firme, reiterou sua inocência.
Em contraste com as alegações de Gadd em diversas publicações, onde afirma ter recebido 41.071 emails, 350 horas de mensagens de voz, 744 tweets, 46 mensagens no Facebook e 106 páginas de cartas da perseguidora, ela nega veementemente.
Segundo Harvey, ela nunca enviou a Gadd nenhuma mensagem de texto, no Facebook ou sequer possui seu número de telefone. Ela limita o contato a no máximo 10 e-mails no total.
Harvey admite ter feito 18 tweets para Gadd, os quais ainda podem ser encontrados online, mas os justifica como simples brincadeiras. Ela também confirma ter enviado apenas uma carta após ver uma entrevista onde Gadd relatava sua experiência com abuso sexual.
Apesar da insistência de Morgan em obter detalhes específicos, Harvey se manteve firme em suas negações. Ela chegou a sugerir que a única forma de Gadd provar a existência das mensagens de voz seria se ele — ou outra pessoa — a tivesse gravado secretamente.
Com a repercussão, Fiona Harvey se prepara para tomar algumas medidas legais. De acordo com ela, as caracterizações negativas da série causaram danos à sua carreira e à sua vida pessoal, o que a motivaria a processar a Netflix, Richard Gadd, o jornal The Daily Mail e qualquer outra pessoa que insista na veracidade das alegações.
Harvey se mostra confiante e disposta a levar todas as provas a um tribunal. Ela nega veementemente o envio dos inúmeros emails mencionados na série e desafia Gadd e a Netflix a apresentarem as supostas mensagens.
É importante ressaltar que a veracidade dos eventos em si não está em questão. Tanto Gadd quanto a Netflix já declararam que ‘Bebê Rena’ é uma obra de ficção inspirada em fatos. No entanto, Harvey argumenta que a série ultrapassou os limites da ficcionalização ao retratá-la de forma negativa e prejudicial.
Apesar da falta de menção direta, Harvey argumenta que a série deixa pistas claras que a identificam. A semelhança entre a personagem Martha e a própria Harvey, somada à inclusão de tweets na série, facilitaram a identificação por parte do público.
No passado, Fiona Harvey foi alvo de acusações de comportamento inadequado. Em 1997, enquanto estagiária em um escritório de advocacia, ela teria demonstrado um comportamento inaceitável, causando desconforto e medo entre seus colegas de trabalho. A situação chegou a tal ponto que Laura Walker, uma advogada do escritório, e seu marido, Jimmy Ray, membro do Parlamento, solicitaram alarmes pessoais por segurança.
Uma interdição provisória foi, então, emitida para impedir que Harvey entrasse em contato com Walker ou Ray, segundo o Screen Rant.
No entanto, Harvey apresenta uma versão diferente dos fatos. Ela confirma ter atuado como estagiária no escritório, mas alega que partiu dela a decisão de desistir e que a interdição provisória foi solicitada por ela mesma, e não por Walker e Ray.
Segundo Harvey, a motivação por trás das acusações seria o fato de ela estar concorrendo a um cargo político naquele ano. Na entrevista, a mulher se recusou a responder às perguntas sobre as acusações.
Em meio à polêmica gerada por ‘Bebê Rena’, Fiona Harvey revelou a possibilidade de escrever um livro sobre suas experiências com Richard Gadd. Apesar de reconhecer que tem outras prioridades, ela se sente quase que “obrigada” a contar sua versão da história.
O último contato entre Harvey e Gadd ocorreu há alguns anos. Ela lamenta ter conhecido Gadd no bar Holy Arms e o impacto negativo que essa interação teve em sua vida. Atualmente, Harvey se afastou das redes sociais como Twitter, Facebook e outras plataformas, temendo encontrar notícias negativas sobre si mesma na internet.
A indignação de Harvey se volta contra Gadd e a Netflix. Ela os acusa de lucrar com mentiras disfarçadas de verdade. Seu desejo principal é que Gadd a deixe em paz e que as pessoas parem de questionar sua sanidade mental.
“Acho que você deveria olhar para ele dizendo que sou algum tipo de problema mental”, disse ela, “e julgar por si”. A minissérie já está disponível por completa na plataforma de streaming Netflix.