Uma das maiores cantoras do mundo, a artista tem um histórico longo e conturbado com conservadores religiosos
Irreverente e revolucionária, a cantora Madonna marcou a indústria musical para sempre, sendo digna da fama de "rainha do pop". Suas músicas, seus videoclipes provocadores e sua postura fora dos palcos a fizeram uma das artistas mais aclamadas e criticadas dos Estados Unidos.
Desde a década de 1980, a cantora Madonna enfrenta comentários polêmicos e jamais abaixa a cabeça. Porém, muito além de ‘haters’ da sua música, alguns dos maiores opositores da artista são os religiosos.
O histórico é de longa data, em muitas ocasiões a popstar desafiou a Igreja Católica e fez uso de objetos sagrados para o cristianismo, gerando uma onda de ódio que dura até hoje.
Confira abaixo 4 vezes que Madonna escandalizou a Igreja Católica
Madonna foi uma das principais responsáveis por popularizar o crucifixo, um dos símbolos populares e sagrados da Igreja Católica, como acessório de moda. Em meados de 1985, a cantora apareceu usando colares com o objeto.
Assim, a artista disse em entrevista à Spin que o símbolo é sexy por causa do “homem nu está em cima dele”.
"Quando eu era pequena, tínhamos crucifixos por toda a casa, como um lembrete de que Jesus Cristo morreu na cruz por nós. Os crucifixos são algo que sobrou da minha infância, como um cobertor de segurança", disse a artista na época.
O ano de 1989 foi transformador para a carreira e reputação de Madonna. Naquele ano ocorreu o lançamento de um de seus maiores sucessos: ‘Like a Prayer’. A música veio acompanhada de um videoclipe que causou controvérsia.
As imagens continham momentos da performer dançando em frente a crucifixos em chamas, beijando um santo negro e cantando dentro de uma Igreja. A proporção do clipe foi tamanha que ele chegou a ser proibido em alguns países, mas consagrou Madonna na indústria — vendendo 15 milhões de cópias.
O erotismo sempre foi um tema bastante recorrente na carreira de Madonna. Devido ao conteúdo considerado “obsceno”, o clipe de sua música ‘Justify My Love’ foi censurado na MTV, a cantora ficou furiosa e fez um remix ainda mais controverso.
A nova versão contou com a americana recitando versos do Livro do Apocalipse, da Bíblia. A situação gerou um apelo de João Paulo II para que o povo italiano não comparecesse a turnê ‘Blond Ambition’, que estava marcada para passar pelo país.
Durante os shows ao vivo, a provocação era ainda mais explícita: simulação de exorcismo e masturbação resultou na Igreja Católica chamando as performances de “circo do diabo”.
O documentário de Madonna, ‘I'm Going to Tell You a Secret’ (em tradução livre, ‘Eu Vou Te Contar um Segredo’), lançado em 2006, trouxe uma das afirmações mais controversas contra a Igreja Católica.
“A maioria dos padres é gay”, disse a cantora que enfureceu o Vaticano. A frase fazia alusão as inúmeras denúncias de abuso sexual contra padres católicos. Ainda no mesmo ano, a performer trouxe para sua turnê ‘Confessions Tour’ a simulação de sua crucificação. Chocado com a apresentação, Bento XVI ameaçou excomungar a Rainha do pop.
Dois anos depois, em 2008, a artista dedicou 'Like a Virgin' para Bento XVI, dizendo: "Dedico esta música ao papa, porque sou uma filha de Deus".