Joana D'Arc
A saga do frasco que dizia conter os
restos mortais de
A 'descoberta' ocorreu no século 19, todavia, a mentira por
trás do artefato apenas foi revelada em 2007.
Heroína francesa da Guerra dos Cem Anos, que se tornou
Santa Padroeira da França séculos após sua morte, Joana D'Arc
parece mais uma figura mítica do que alguém de carne e osso.
Séculos depois, pesquisadores acreditaram ter encontrado
os seus restos mortais. Tudo começou em 1867, quando um
pote de vidro foi encontrado no sótão de uma farmácia.
A inscrição dizia que ali dentro jaziam os restos mortais de
Joana D'Arc.
O conteúdo do frasco em si consistia em uma costela
queimada, o fêmur de um gato (era comum que os felinos de
pelagem preta fossem atirados para queimar junto com
aquelas que eram consideradas "bruxas"), madeira e linho.
Restos de uma
mumificação
Após pesquisas, foi descoberto que tanto o osso humano
quanto o de gato eram restos de uma mumificação.
Os restos eram datados ainda antes do nascimento de Cristo,
no período que compreende 3 a.C e 7 a.C. A francesa,
por outro lado, foi morta no século 15.
O pesquisador Philippe Charlier levantou a teoria de que
a mentira teria sido criada por algum farmacêutico do
século 19 que trabalhava no local onde foi feita a descoberta.
Múmias costumavam ser usadas como remédio durante a
Idade Média, e talvez essa fosse a fonte dos ossos
colocados no pote.
Texto: Ingredi Brunato
revisÃo: Thiago Lincolins
EdiÇÃO: caroline duarte
fotos: Getty Images, Divulgação/Nature e Pixabay