Em 1962, Andy Warhol reuniu 50 fotos de Marilyn Monroe em uma montagem que prometia revolucionar o movimento do pop art.
Cores e movimento
A tela da esquerda é marcada pelas cores fortes, que trazem energia à obra. Os olhos da atriz parecem estar em movimento, fechando e abrindo lentamente. Isso representa um movimento natural de um corpo com vida.
Críticas latentes
A repetição das imagens saturadas causa desconforto e sugere falta de originalidade, uma crítica aos meios de produção em massa. O artista também evoca a onipresença da atriz na mídia.
Realidade e humanidade
Marilyn Monroe é aqui apresentada como um ser humano em vez de um símbolo sexual. Dessa forma, Warhol nos recorda de que existe uma mulher por trás da imagem midiática.
Por trás das cortinas
Com a redução das sombras e o aumento do contraste nas imagens, Warhol realça o vazio emocional e a superficialidade idealizada dos artistas da época.
Quando o show acaba
A imagem após a serigrafia simboliza o trágico da vida da atriz: a morte por meio do desaparecimento da imagem. Alguns dizem que essa característica da obra remete à arte religiosa.
Texto: Letícia Yazbek Revisão: Alana Sousa Edição: flávia alessandra fotos: Divulgação/Youtube/BLOUIN ARTINFO (capa) Andy Warhol via Wikimedia Commons;/Getty Images/Klimbim