A última refeição de Ötzi,
há 5 mil anos
Análises realizadas no corpo do homem revelaram, em 2018,
os curiosos hábitos alimentares de nossos ancestrais
Como será que nossos ancestrais realmente se alimentavam?
Essa pergunta foi parcialmente respondida pelo corpo de
Ötzi, o homem de gelo. Considerado a múmia de gelo
preservada naturalmente mais antiga, Ötzi viveu há 5,3 mil
anos, no período Neolítico.
Nos Alpes,
uma descoberta
Seu corpo foi encontrado por acidente em 1991, por um casal
de montanhistas que se aventurava pelos Alpes, perto da
fronteira entre Áustria e Itália. No entanto, um estudo mais
avançado sobre o interior de seu estômago só foi divulgado
em julho de 2018.
“Ele teve uma proporção notavelmente alta de gordura em
sua dieta, suplementada com carnes selvagens de íbex e de
veado, trigo selvagem e vestígios de um tipo de samambaia",
comentou Frank Maixner, pesquisador e coordenador do
Instituto Eurac de Estudos da múmia da Universidade de
Bolzano, na Itália.
Para essas conclusões, os cientistas utilizaram dois
métodos: a análise tradicional de microscopia e uma pesquisa
moderna que utiliza corrente elétrica para identificar a
composição residual de tecidos.
Maixner explica que esse processo nunca havia sido feito
anteriormente, pois, existia uma grande dificuldade em
'encontrar' o estômago do Homem de Gelo, que acabou
mudando de lugar no processo de mumificação
Texto: Isabela Barreiros
revisÃo: Thiago Lincolins
EdiÇÃO: caroline duarte
fotos: Kennis, Museu de Arqueologia do Tirol do Sul, Foto
Ochsenreiter, DNA LEARNING CENTER MUSEUM e Divulgação/ Museu
de Arqueologia do Tirol do Sul