Os curiosos restos mortais foram encontrados no pântano perto da aldeia de Yde, na Holanda, em 1897
Victória Gearini Publicado em 10/07/2020, às 07h21 - Atualizado em 02/02/2022, às 14h21
A Garota de Yde trata-se de um corpo pântano — isto é, um cadáver humano que foi naturalmente mumificado em um pântano de turfa. O corpo foi encontrado perto da aldeia de Yde, na Holanda, no entanto, acredita-se que quando foi entregue às autoridades locais, a múmia tenha sido danificada.
A Garota de Yde foi encontrada em 12 de maio de 1897, em um pântano de turfa localizado na Holanda. Segundo testes de carbono-14, a menina teria morrido entre 54 a.C. e 128 d.C., possivelmente aos 16 anos. Inicialmente os estudos acreditavam que a Garota de Yde teria raspado um lado da cabeça antes de morrer, mas conforme a pesquisa prosseguiu, descobriram que ela tinha cabelos loiros avermelhados e longos.
De acordo com estudos de Windeby I a lateral do cabelo raspado trata-se de um fenômeno natural, em que alguns corpos de pântanos reagem ao serem expostos ao oxigênio um pouco mais de um lado do que de outro. Os estudos revelaram, ainda, que a garota sofria de escoliose, e tinha apenas 137 centímetros de altura.
A múmia foi encontrada revestida com uma capa e faixa de lã, feitas por meio de uma técnica de trança conhecida como salto, que estavam enroladas em seu pescoço. Tal fato sugere que a jovem tenha sido assassinada ou sacrificada durante algum ritual. Os exames arqueológicos revelaram, ainda, que a menina foi atingida por uma facada na área da clavícula, mas esta não foi a causa de sua morte.
Outro fato observado pelos pesquisadores, é que não havia ferimentos defensivos na mão recuperada do corpo, o que pode significar que a jovem tenha morrido inconsciente. É comum na maioria dos corpos de pântanos, que a pele e outras características físicas sejam preservadas em decorrência do ácido tânico, encontrado nas águas desses locais.
No entanto, acredita-se que quando a múmia foi escavada, os pesquisadores tenham causado ferimentos acidentais no crânio, portanto, hoje em dia, somente o tronco, a cabeça, a mão direita e os pés permanecem intactos. Já os demais membros do cadáver foram danificados por ferramentas de corte de turfa.
Até 1992 não foram realizados estudos adicionais na Garota de Yde, até que o pesquisador da Universidade de Manchester, Richard Neave, realizou uma tomografia computadorizada do crânio da múmia. Por meio de uma trabalho minucioso, Neave foi capaz de decifrar sua idade cronológica e histórica.
Tanto a múmia quanto a reconstrução facial da Garota de Yde estão expostas no Museu Drents, em Assen. No início dos anos 2000, a instituição promoveu, ainda, uma excursão ao redor do mundo, mas devido a intensidade da morte da garota, alguns ativistas no Canadá impediram que a turnê prosseguisse por algumas regiões do país.
Como um trauma na vida de Walt Disney pode ter influenciado muitos de seus filmes
Mitologia: 8 livros para adentrar em histórias fascinantes
Confira 5 boxes de sucesso para adquirir por bons preços na Amazon
Conheça 10 títulos literários em oferta que vão te interessar
7 obras sobre os bastidores da família imperial brasileira
Os piores terremotos da história: confira 5 livros que abordam o tema