Albert Camus se coloca contrario à pena de morte em seu livro "Reflexões sobre a guilhotina"
Rafaela Bertolini, sob a supervisão de Isabella Bisordi Publicado em 18/03/2022, às 15h35
O pai do autor Albert Camus compareceu a uma execução pública em 1914. O homem, sempre descrito como uma pessoa boa, presencia a brutalidade da uma decapitação do criminoso, pena considerada "leve" para os seus crimes. Mais tarde, ele volta para casa em choque, passa mal e vomita.
É assim que o autor começa o seu ensaio que reflete sobre a pena de morte. Albert Camus, sendo um dos mais importantes pensadores do século XX, faz críticas a qualquer argumento em defesa da pena capital, que foi usada na França até 1977. O livro "Reflexões sobre a guilhotina" chega inédito ao Brasil mais de 50 anos após a sua publicação.
Para Camus, "em uma sociedade dessacralizada não pode haver uma pena definitiva". Assim, ele argumenta que ao acreditar na pena de morte, acredita-se que o ato seria uma falsa crença de que aqueles crimes brutais jamais viriam a acontecer novamente, ou seja, matar uma pessoa por uma hipótese. Com isso, o filósofo, escritor e jornalista expõe suas reflexões sobre como a brutalidade fatal talvez não seja o caminho ideal para combarter crimes.
Com mais de 500 mil obras vendidas no Brasil, Albert Camus chega com essa tradução inédita publicada pela Editora Record que conta com prefácio de Manuel da Costa Pinto, que é especialista na obra do autor. A obra foi lançada no dia 14 de março de 2022 e já está disponível na Amazon para ser adquirida nas versões física e eBook Kindle.
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