Em 2019, Hilde Van Acker e Jean-Claude Lacote foram presos após cometer inúmeros crimes — inclusive homicídio
Victória Gearini Publicado em 08/11/2020, às 09h00 - Atualizado em 21/04/2022, às 12h30
Em novembro de 2019, Hilde van Acker e Jean-Claude Lacote foram presos pelas autoridades após serem acusados de assassinar o empresário britânico Marcus Mitchell. Conhecidos como o Casal do Diabo, eles executaram a vítima à sangue frio, e ficaram 23 anos foragidos.
O crime
Hilde van Acker e Jean-Claude Lacote ficaram conhecidos por aplicar inúmeros golpes na França, Alemanha e Bélgica. Em 1996, Mitchell conheceu o casal e após ser enganado pela dupla, decidiu confrontá-los.
O homem exigiu que devolvessem as £ 500.000 que haviam lhe roubado. No entanto, o empresário britânico de 44 anos, casado e pai de três filhos, foi baleado na cabeça e no pescoço. Mas a saga não acabaria assim.
Enquanto algumas crianças brincavam pela região do resort flamengo de De Haan, encontraram o cadáver da vítima enterrado nas dunas de areia. Logo em seguida as autoridades foram acionadas e o homicídio passou a ser investigado.
Na época, o casal chegou a ser preso, mas por falta de provas foi liberado. Enquanto tentava despistar o crime, Lacote alegou à polícia que era “um informante dos serviços secretos franceses, do MI5 britânico e da alfândega alemã”, como noticiou o diário belga Le Soir, em 1996.
Mais tarde, a dupla diabólica fugiu para a África do Sul, onde passou a viver em uma mansão avaliada em £ 1 milhão. No entanto, Lacote foi preso novamente após tentar sequestrar o filho de Mitchell. Acker, por sua vez, disfarçou de policial para conseguir se infiltrar na prisão onde o amado estava detido. Com uma carta falsa de um juiz, eles conseguiram escapar das autoridades, fugindo para o Brasil.
A prisão
Somente em novembro de 2019 o casal foi capturado e preso pela polícia. Eles foram localizados em Abidjan, capital econômica da Costa do Marfim, onde Lacote possuía uma empresa de companhia aérea. No início deste ano, a dupla foi extraditada para uma prisão em Bruxelas.
Quando foram encontrados pelas autoridades, atendiam pelos nomes falsos de Marlene Lacote e Stéphane Daniel Lacote. Acker trabalhava, ainda, como contadora em um estabelecimento local.
Ela tornou-se a primeira mulher belga a aparecer na lista dos criminosos mais procurados internacionalmente. Em entrevista à emissora VTM, em fevereiro de 2020, a assassina afirmou que havia se divorciado do marido. Segundo ela, o ex-companheiro teria a manipulado para cometer os crimes.
“Eu segui alguém cegamente sem saber o que estava fazendo. Eu nem sabia que era condenado pelo assassinato na época. Estou feliz por finalmente poder voltar, mas tenho medo da opinião pública na Bélgica”, disse Acker em entrevista a VTM.
Os ex-comparsas aplicavam golpes em empresários com a promessa de investimentos lucrativos. Diversas pessoas caíram em suas histórias, e foram prejudicadas e roubadas pela dupla.
Segundo o tribunal britânico, Lacote planejou em 2003, um golpe contra a companhia aérea irlandesa, e contra o empresário de navegação Noel Hanley. O criminoso levou cerca de £ 1 milhão, em barras de ouro, obras de arte e uma nova Ferrari.
Detidos desde 2019, eles encaram a sentença de prisão perpétua. Em 2011 foram condenados à revelia pelo tribunal de Bruges, no entanto, atualmente, possuem o direito de solicitar um novo julgamento. Já a esposa de Mitchell foi entrevistada pela última vez em 2016. Na época, a viúva afirmou à imprensa que esperava vê-los atrás das grades.
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