Registro do Metropolitan Detention Center (MDC) e de Diddy - Getty Images
Diddy

Violência e vermes: Por dentro da prisão onde Diddy está detido

Diddy foi detido no Metropolitan Detention Center (MDC), que já aprisionou nomes como Ghislaine Maxwell e Samuel Bankman-Fried

Redação Publicado em 25/09/2024, às 12h41 - Atualizado às 12h42

O rapper e produtor musical americano Sean Diddy Combs foi detido nos Estados Unidos no último dia 16, sob acusações graves que incluem tráfico sexual, agressão e associação criminosa. Atualmente, ele encontra-se no Metropolitan Detention Center (MDC) no Brooklyn, Nova York, enquanto aguarda julgamento.

O presídio é amplamente conhecido por suas condições adversas. Relatórios de veículos como o The Independent e The Daily Beast descrevem o centro de detenção como um local que enfrenta sérios desafios estruturais e operacionais.

Entre os problemas citados estão a falta de funcionários, episódios de violência, infestações de vermes, atrasos significativos no acesso a cuidados médicos e uma onda de suicídios e mortes.

Outros presos

Esse cenário não é novo para figuras públicas envolvidas em escândalos judiciais. Samuel Bankman-Fried, conhecido como o "rei das criptomoedas", esteve detido lá após ser condenado por fraude e conspiração relacionadas às suas empresas FTX e Alameda Research. Ghislaine Maxwell, cúmplice de Jeffrey Epstein em um notório caso de tráfico sexual, também passou pelo MDC.

Atualmente, o MDC abriga cerca de 1.600 presidiários, majoritariamente à espera de julgamento. A instituição se tornou o principal centro de detenção federal da cidade após o fechamento do Metropolitan Correctional Center em Manhattan em 2021, devido a condições igualmente péssimas. 

Pedido negado

A defesa de Diddy pleiteou uma fiança de 50 milhões de dólares para que ele pudesse cumprir prisão domiciliar em Miami, citando as condições inadequadas do MDC. Contudo, o pedido foi negado pelo juiz responsável pelo caso.

Os advogados Marc Agnifilo e Teny R. Geragos destacaram em sua petição incidentes graves ocorridos no centro, incluindo homicídios e suicídios entre os detentos.

Além disso, a equipe jurídica do rapper apresentou sua decisão voluntária de viajar para Nova York antes da prisão como prova de sua confiabilidade e ausência de risco de fuga.

No entanto, os promotores argumentaram que Diddy continua sendo uma ameaça significativa para as vítimas e testemunhas envolvidas no caso, mencionando ainda problemas relacionados ao controle da raiva e abuso de substâncias.

Diddy está atualmente na unidade especial do MDC, explica a CNN, destinada àqueles que necessitam de proteção adicional, separado dos demais detentos. Em meio às dificuldades enfrentadas pela instituição, há relatos alarmantes sobre as condições precárias: um apagão de energia durante o inverno de 2019 deixou os presos sem aquecimento em celas congelantes por dias. Existem denúncias sobre insetos na comida e mofo nos banheiros.

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