Após guerra civil e queda de Bashar al-Assad, Rússia confirma que ditador sírio deposto recebeu asilo político em seu território
Éric Moreira Publicado em 09/12/2024, às 10h45
Nesta segunda-feira, 9, o porta-voz russo Dmitry Peskov confirmou a repórteres da Interfax, a agência de notícias filiada ao Estado russo, que o ditador sírio Bashar al-Assad, recentemente deposto por rebeldes após 24 anos no poder — sucedendo seu pai, Hafez, que governou a Síria de 1971 até sua morte, em 2000 —, recebeu asilo político na Rússia.
Segundo Peskov, a decisão de receber al-Assad foi tomada pessoalmente pelo presidente russo, Vladimir Putin, mas a localização exata em que o ex-ditador está não foi informada. Bashar al-Assad e sua família fugiram da Síria após a ofensiva relâmpago de rebeldes pelas cidades mais importantes do país, incluindo a capital.
No entanto, o porta-voz ainda declarou que Putin não tem planos imediatos de se encontrar com Assad. Vale mencionar que o ex-ditador sírio não é visto publicamente há mais de uma semana, quando ocorreu seu encontro com o ministro das Relações Exteriores do Irã em Damasco, capital da Síria.
Por fim, Peskov também acrescentou que ainda é cedo para determinar qual será o futuro das bases militares russas localizadas nas cidades de Tarturs e Khmeimin. Porém, afirma que Moscou está trabalhando para garantir suas seguranças, tomando "todas as precauções necessárias".
Vale mencionar que foi a Rússia quem anunciou, no domingo, que Assad "decidiu renunciar" ao poder, inclusive "dando instruções para uma transferência pacífica de poder", segundo o Ministério das Relações Exteriores russo.
De acordo com o UOL, insurgentes iniciaram uma ofensiva na Síria no dia 27 de novembro, assumindo rapidamente o controle de Aleppo, a segunda maior cidade do país, no noroeste, de Hama, no centro, e eventualmente de Daraa, no sul.
Então, na manhã do último domingo, informaram que obtiveram controle total sobre a terceira maior cidade do país, Homs, esta mais próxima da capital, Damasco. Com a ofensiva, os insurgentes libertaram prisioneiros em Homs, e seguiram rumo a Damasco.
Haverá uma nova Síria baseada na justiça. Não estamos enfrentando um exército de verdade, mas sim uma milícia", dissse um porta-voz de operações militares dos rebeldes à emissora de notícias Al Jazeera.
Finalmente, os rebeldes anunciaram que conseguiram entrar na capital, sem qualquer sinal de mobilização do exército sírio, e eventualmente anunciaram a deposição do governo de Bashar al-Assad, após 24 anos. Os insurgentes e outros apoiadores comemoraram a ação, destruindo imagens e estátuas do ex-ditador, que fugiu do país em um avião cargueiro na madrugada anterior à chegada dos opositores em Damasco.
+ A queda de Bashar Assad: Como ele chegou ao poder na Síria?
Vale mencionar que a Rússia, mesmo que tenha confirmado a renúncia e fuga, além de fornecer asilo e omitir informações sobre o paradeiro de Bashar al-Assad, negou participação na fuga.
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