Príncipe Charles relembrou a chacina ocorrida 28 anos atrás, que deixou um saldo de mais de 8 mil mortes
Ingredi Brunato, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 23/06/2022, às 12h00
O príncipe Charles e sua esposa, Camilla Parker Bowles, fizeram uma viagem à Ruanda em que visitaram a Igreja de Nyamata, que foi transformada em memorial às vítimas do genocídio de 1994, episódio violento que teve como alvo a minoria étnica do tutsis, derramando o sangue de mais de 800 mil pessoas.
Os membros da realeza britânica receberam um tour do local, que possui vitrines mostrando os crânios de indivíduos mortos durante a chacina, e pertences manchados de sangue. Há 28 anos, a igreja foi atacada com granadas.
Em homenagem às vidas perdidas, Charles deixou uma coroa de flores e um cartão no local. O segundo trazia a mensagem "Sempre nos lembraremos das almas inocentes que foram mortas no genocídio contra os tutsis em abril de 1994. Seja forte Ruanda", de acordo com informações apuradas pela CNN.
Outro detalhe é que o príncipe de Gale escreveu a mensagem em quiniaruanda, que é a príncipal língua falada no país africano.
No evento de recepção do membro da realeza e sua esposa à nação, Eric Murangwa, que é um jogador de futebol e sobrevivente da chacina, comentou a visita monárquica:
Estamos vivendo atualmente no que chamamos de 'o último estágio do genocídio', que é a negação. E ter alguém como o príncipe Charles visitando Ruanda e visitando o memorial... destaca como o país conseguiu se recuperar desse passado terrível", afirmou ele, ainda segundo a CNN.
Confira abaixo um vídeo mostrando trechos da viagem do príncipe de Gales:
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