Tribunal do Texas reconheceu que Randy Halprin teve julgamento afetado por crenças antissemitas do ex-juiz Vickers Cunningham; entenda!
Fabio Previdelli Publicado em 07/11/2024, às 12h10
No estado norte-americano do Texas, um tribunal de apelações ordenou que um judeu no corredor da morte tenha um novo julgamento devido ao preconceito antissemita do juiz que presidiu seu caso.
Os advogados de defesa de Randy Halprin alegaram que o ex-juiz Vickers Cunningham, de Dallas, utilizou de insultos raciais e linguagem antissemita para tratar de Halprin e dos outros co-réus.
Randy, atualmente com 47 anos, faz parte do grupo de presos que ficou conhecido como 'Texas 7'. Eles fugiram de uma prisão no sul do Texas em dezembro de 2000. O grupo cometeu uma série de roubos, incluindo um episódio em que eles atiraram 11 vezes contra o policial Aubrey Hawkins, de 29 anos, que acabou falecendo.
Assim, por 6 votos contra 3, o Tribunal de Apelações Criminais do Texas ordenou que a condenação de Halprin fosse anulada e que ele recebesse um novo julgamento, apontando que o juiz foi tendencioso contra Randy por ele ser judeu.
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O tribunal apontou ter encontrado evidências que mostravam que Cunningham repetia inúmeras narrativas antissemitas ao longo de sua vida. Além disso, quando ele se tornou juiz, continuou usando linguagem depreciativa para falar de judeus fora dos tribunais. As falas vinham "com 'grande ódio, (e) desgosto' e intensidade crescente com o passar dos anos", relatou o órgão, segundo repercute o The Independent.
O relatório também apontou que durante o julgamento de Randy Halprin, o juiz Cunningham proferiu comentários antissemitas ofensivos fora do tribunal sobre o réu em particular e generalizando os judeus.
As evidências não contraditórias apoiam a conclusão de que Cunningham formou uma opinião sobre Halprin que derivou de um fator extrajudicial — o antissemitismo venenoso de Cunningham", escreveu o tribunal de apelações em sua decisão.
O juiz Vickers Cunningham deixou seu cargo em 2005 e, atualmente, é advogado em prática privada em Dallas. Um porta-voz do seu escritório disse que ele não iria comentar sobre o caso.
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