Polvo pegou carona nas costas de tubarão - Divulgação/Universidade de Auckland
Polvo pegou carona nas costas de tubarão - Divulgação/Universidade de Auckland
Polvo

Em cena inusitada, polvo é visto pegando carona nas costas de tubarão

Encontro improvável entre polvo e tubarão foi flagrado por pesquisadores durante expedição em uma praia em Auckland, na Nova Zelândia

Giovanna Gomes Publicado em 21/03/2025, às 08h11

Cientistas que exploravam uma praia em Auckland, na Nova Zelândia, foram surpreendidos por uma cena inusitada: um polvo pegando carona em um tubarão. A equipe de pesquisadores marinhos da Universidade de Auckland registrou o momento em vídeo durante uma expedição na região, e as imagens foram divulgadas no perfil oficial da universidade na última sexta-feira, 14.

O encontro improvável envolveu um tubarão-mako (Isurus oxyrinchus) e um polvo-maori (Macroctopus maorum). De longe, os cientistas imaginaram que o tubarão carregava um estranho tumor marrom-alaranjado na cabeça, o que levantou preocupações quanto à saúde do animal. Mas, ao se aproximarem com um drone, perceberam que se tratava, na verdade, de um polvo agarrado ao predador.

O registro foi feito durante uma expedição realizada em dezembro de 2023, que tinha como objetivo estudar a fauna marinha e as aves da Ilha Kawau, no Golfo de Hauraki. A área é considerada um refúgio essencial para a reprodução de várias espécies, incluindo os próprios tubarões-mako, que habitam águas temperadas e costumam circular próximas a ilhas.

De acordo com o portal Galileu, o tubarão flagrado no vídeo mede cerca de três metros de comprimento e nadava tranquilamente pela superfície a uma velocidade de aproximadamente 10 km/h, aparentemente alheio à presença do polvo. Essa espécie pode chegar a 4,3 metros e pesar até 580 kg, com as fêmeas superando os machos em tamanho. Já o polvo-maori, conhecido por seu porte robusto, alcança dois metros de envergadura e pode pesar cerca de 12 quilos, sendo o maior polvo do Hemisfério Sul.

"Um tubarão dando carona a um polvo é uma das coisas mais estranhas que já vi", comentou Rochelle Constantine, cientista marinha da Universidade de Auckland, em publicação no Instagram. Ela apelidou a cena de “tubapolvo” e destacou o quanto foi curioso presenciar o encontro, já que polvos vivem geralmente no fundo do mar, enquanto tubarões-mako não costumam frequentar essas profundezas.

 

Razões desconhecidas

As razões pelas quais o polvo se agarrou ao tubarão — e como o predador tolerou a companhia — ainda são um mistério para os cientistas. No entanto, o episódio chamou atenção para a importância de proteger o Golfo de Hauraki, que enfrenta desafios ambientais como a sedimentação do leito marinho, a pesca acidental e a caça de tubarões.

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