Habitante de São Bernardo do Campo, menina de 16 anos faleceu no dia 2 de setembro, dias depois de tomar uma dose da Pfizer
Pamela Malva Publicado em 18/09/2021, às 16h00
No dia 2 de setembro, uma adolescente de 16 anos faleceu em São Bernardo do Campo, São Paulo, apenas sete dias depois de receber uma dose da vacina da Pfizer contra o Coronavírus. O caso, então, passou a ser investigado pela Anvisa e, agora, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou que o imunizante não foi a causa de sua morte.
Em nota publicada na última sexta-feira, 17, a secretaria pontuou que as suspeitas recaíram sobre uma doença chamada Púrpura Trombótica Trombocitopênica, ou PTT. Para chegar a essa conclusão, a análise contou com a opinião de 70 profissionais.
Reunidos pela Coordenadoria de Controle de Doenças e do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), os especialistas são das áreas de Hematologia, Cardiologia e infectologia do Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs) do estado.
A PTT é uma doença autoimune, rara e grave, normalmente sem uma causa conhecida capaz de desencadeá-la, e não há nenhum relato técnico até o momento que aponte este quadro como evento adverso pós-vacinação após primeira dose de uma vacina contra COVID-19 de RNA mensageiro, como é o caso da Pfizer”, diz a nota.
Coordenador da investigação, o infectologista Eder Gatti pontuou que “as vacinas em uso no país são seguras, mas eventos adversos pós-vacinação podem acontecer”. “Na maioria das vezes, são coincidentes, sem relação causal com a vacinação. Quando acontecem, precisam ser cuidadosamente avaliados”, ressaltou.
Pouco antes da conclusão da secretaria, a Anvisa também publicou, na quinta-feira, 16, uma nota descartando “uma relação causal definida entre esse caso e a administração da vacina”. No texto, a agência pontuou que “os dados recebidos ainda são preliminares e necessitam de aprofundamento para confirmar ou descartar a relação causal”.
Ainda na última sexta-feira, logo depois que a Secretaria de Saúde publicou seu parecer, o Ministério da Saúde declarou que “aguarda a conclusão oficial da investigação do caso". Por fim, a pasta ainda pontuou que "até o momento, a orientação para vacinação apenas em adolescentes com comorbidades se mantém”.
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