A pesquisa, que foi realizada no Rio Grande do Sul, levou em consideração os casos assintomáticos do estado que não entram na contagem do governo
Nicoli Raveli Publicado em 16/04/2020, às 08h30 - Atualizado às 09h00
Recentemente, um estudo brasileiro revelou que o número de infectados pelo novo coronavírus é, na verdade, sete vezes maior do que os dados oficiais. A pesquisa, que foi realizada no Rio Grande do Sul, levou em consideração os casos assintomáticos que não entram na contagem do governo.
De acordo com os especialistas da Universidade Federal de Pelotas, 4.189 pessoas do estado foram abordadas, o que resultou em 0,5% de infectados. Dessa maneira, os 747 casos divulgados pelo governo passam a ser 5.650.
“Em resumo, para cada um milhão de habitantes no Rio Grande do Sul, estima-se que existam 500 casos reais de Covi-19, apenas 66 casos notificados e 1,2 mortes. Nas nove cidades utilizadas na pesquisa, para caso notificado, existem ao redor de quatro casos não notificados", aponta o relatório.
O projeto intitulado Epicovid-19, que também é coordenado pelo governo, contou com a cooperação dos cidadãos gaúchos, já que diversas casas foram sorteadas para que o sangue de um dos moradores fosse coletado.
Além disso, os pesquisadores também levaram em consideração as medidas de prevenção. Segundo eles, cerca de 20% disseram manter a rotina normalmente, enquanto mais da metade relatou que só saem de casa para atividades essências. Dos idosos acima de 60 anos que foram entrevistados, cerca de 35% afirmaram que não saem de casa.
Agora, o estudo segue para a próxima etapa. Com um espaço de 15 dias, serão realizadas novas coletas para acompanhar a evolução do vírus. Além disso, a partir da próxima segunda-feira, 20, a universidade comandará um teste nacional. Segundo as estimativas, 33 mil pessoas poderão ser testadas a cada duas semanas.
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