A pesquisa traz dados alarmantes que contradizem a ideia de que as crianças são menos afetadas pelo novo coronavírus. Entenda!
Penélope Coelho Publicado em 23/07/2021, às 08h01
De acordo com informações publicadas pelo portal de notícias Valor Econômico, na última quarta-feira, 21, um estudo publicado recentemente pela revista científica Lancet trouxe dados alarmantes sobre problemas enfrentados por crianças e adolescentes em meio à pandemia de Covid-19.
Segundo revelado na publicação, de acordo com a pesquisa, pelo menos 130.363 mil crianças brasileiras de até 17 anos ficaram órfãs como consequência da pandemia. Os números correspondem a dados coletados entre março do ano passado e o final de abril deste ano.
Para os envolvidos no estudo, a estimativa rebate a ideia de que os mais novos são menos afetados pelo novo coronavírus. "É uma pandemia oculta [...] Essas crianças não identificadas são uma consequência trágica esquecida dos milhões de mortos na pandemia”, afirmam os autores.
A pesquisa revela que globalmente essa tragédia já atinge 1,5 milhão de menores de idade que perderam os pais ou responsáveis. Os especialistas alertam para as consequências dessas mortes que, segundo eles, vão além do emocional. Já que muitas vezes crianças e jovens perderam membros da família que eram as principais fontes de renda da casa.
Seth Flaxman, um dos 16 pesquisadores envolvidos no estudo, afirma que é necessário que políticas públicas auxiliem esses órfãos rapidamente:
"Crianças que perderam pais ou responsáveis na pandemia precisam de apoio governamental urgente ou enfrentarão danos de longo prazo”, pontua.
Confira a pesquisa completa aqui.
De acordo com as últimas informações divulgadas pelos órgãos de saúde, o Brasil registra 19,5 milhões de pessoas infectadas desde o início da pandemia. As mortes em decorrência da doença já chegam em 547 mil no país.
Em 1º de dezembro de 2019, o primeiro paciente apresentava sintomas do novo coronavírus em Wuhan, epicentro da doença na China, apontou um estudo publicado na revista científica The Lancet em fevereiro deste ano.
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