O esteroide foi o primeiro que, comprovadamente, mostrou eficiência no tratamento de pacientes graves em estudo divulgado pela Universidade de Oxford
Wallacy Ferrari Publicado em 17/06/2020, às 11h18
Após a divulgação de uma pesquisa britânica, na última terça-feira, 16, anunciando que a dexametasona — remédio usado desde os anos 1960 para tratar inflamações e diversas doenças, incluindo câncer — pode reduzir a mortalidade de pacientes da COVID-19 em respiradores, a Organização Mundial da Saúde (OMS) compactuou com a análise, considerando a descoberta um avanço para o combate da doença.
Na manhã desta quarta-feira, 17, o diretor-geral da instituição Tedros Adhanom Ghebreyesus acrescentou que se trata do primeiro tratamento que comprova a redução da mortalidade em pessoas que conseguem respirar apenas com o uso de respiradores. No estudo, o uso do medicamento reduziu a taxa em um terço. Com pacientes que precisavam de oxigênio, a mortalidade foi reduzida em um quinto.
O estudo, divulgado pela Universidade de Oxford, observou unicamente pacientes em estado gravo, sendo efetuado por diversos cientistas, mas permanece sem a revisão de outros especialistas. O Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) afirmou que irá começar a usar o componente para combater o novo coronavírus, mas pretende revisar o estudo.
A dexametasona está na lista de medicamentos essenciais da OMS desde 1977, fora de patente e disponível em todo o mundo, sendo um esteroide barato e de fácil acesso. O secretário de Estado da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, acrescentou que o medicamento tem 200 mil unidades armazenadas no país, prontas para serem utilizadas desde março.
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